sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Os meus favoritos de 2011

Com o aproximar do ano novo é incontornável começar a fazer o balanço cinematográfico do ano. Ao organizar a minha lista de filmes favoritos percebo que muito boas películas ficaram por ver no grande ecrã, uma falha que espero compensar com DVD. Para já posso apenas comentar os melhores filmes que vi nos últimos 12 meses (a lista não segue nenhuma ordem):

Começo com o discreto As Serviçais (The Help). Um filme que revela a visão das empregadas negras que criavam os filhos das senhoras brancas na América sulista dos anos 1960, durante a luta pelos direitos civis. Viola Davis (na pele de Aibileen) é sem dúvida a mais valia deste filme.

Admiradora mais que confessa de Woody Allen não podia deixar de fora a sua homenagem à cidade das luzes. Meia Noite em Paris (Midnight in Paris) é uma fabulosa viagem no tempo com diálogos desconcertantes. E afinal quem é que nunca desejou viver numa outra época?

Melancolia (Melancholia) a última obra de Lars Von Trier é outro dos favoritos. O medo do desconhecido, da mudança e a perspectiva de termos chegado ao fim são o ponto forte deste filme. Com uma das melhores fotografias do ano e uma das melhores interpretações: Kirsten Dunst.

Almodovar trouxe-nos uma das melhores histórias do ano. Algures entre o thriller e o drama, a história de um médico perturbado que se vinga do quase violador da filha atormentada fazendo renascer a sua mulher morta num acidente de carro mostra-nos um Antonio Banderas actor. Uma faceta que lhe desconhecia. A Pele Onde Eu Vivo (La Piel Que Habito) impressiona ainda pelos requintes de malvadez perfeitamente passíveis de serem reais.

Nos Idos de Março (The Ides of March) é a minha esperança para que George Clooney vença finalmente o Oscar de Melhor Realizador, que lhe tem fugido nos últimos anos e que o Ryan Gosling também seja premiado com a estatueta dourada pelo seu desempenho. É certo que o filme é convencional, mas história e as interpretações são bons, ponto.

E não é que um dos meus filmes favoritos do ano tem algo de ficção científica, Patrícia. O Código Base (Source Code) é bom porque tem uma narrativa bem construída e não nos leva para domínios completamente estapafúrdios. Bem até leva, mas não tem monstros, ETs ou seres do oculto, o que para mim já é uma vitória.

Pequenas Mentiras Entre Amigos (Les Petits Mouchoirs) é um daqueles filme 'queridinhos', mas que tem tudo de bom: actores, história, diálogos. Enfim um filme que agrada a todos os níveis e tem uma Marion Cotillard mais bonita do que nunca. Depois um filme onde derramo algumas lágrimas só pode ser um bom.

Amores Imaginários (Les Amours Imaginairs) apesar de não me ter surpreendido, pois é uma versão em grupo de amigos d' Os Sonhadores (The Dreamers, 2003), mas tem uma das minhas frases favoritas do ano: "É preciso um QI elevado para compensar uns olhos castanhos", dita por Mari (Monia Chokri). É verdade tenho olhos castanhos.

O Castor (The Beaver) tinha tudo para ser um filme normal, sem surpresas. Mas conseguiu ganhar a minha simpatia quando Walter (interpretado por Mel Gibson, de quem não sou grande apreciadora enquanto actor) corta o braço para se livrar do fantoche que lhe dominou a vida. Enfim, a beleza das coisas está nos pormenores que se tornam pormaiores....

Os Bem-amados ( Les Bien-aimés) entra aqui mais para fechar a lista com um top10 do que por preferência. Embora a presença de Catherine Deneuve e Louis Garrel sejam mais do que suficientes para fazer deste um dos melhores filmes que vi este ano.





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